quarta-feira, 23 de abril de 2008

RECORDE Nº 534 MAIS UM RECORDE PARA LULA.


Mercado de securitização bate recorde e movimenta R$ 15,5 bi


São Paulo, 23 de Abril de 2008 - As emissões de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) e certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que bateram novo recorde em 2007 e consolidaram a posição do Brasil como o mercado mais importante em títulos de securitização na América Latina, alcançaram R$ 15,56 bilhões no primeiro trimestre deste ano, conforme levantamento da Uqbar Educação & Informação Financeira, empresa especializada em securitização.


O volume inclui uma participação bilionária do FIDC Sistema Petrobras NP, que emitiu R$ 11,3 bilhões no período, mas ao desconsiderar esse valor as emissões cresceram 36% em comparação a igual intervalo do ano passado e 19,8% ante trimestre imediatamente anterior.
Esses números mostram que esse mercado está cada vez mais atrativo como fonte de financiamento, avalia Carlos Augusto Lopes, sócio-diretor da Uqbar. "Empresas e instituições que antes estavam mais voltadas para o mercado de ações estão se dando conta que o mercado de renda fixa pode ser mais barato e que existe capacidade de financiamento de médio e longo prazos sem ter de recorrer as ações", afirmou Lopes, observando que em 2007, as emissões somaram R$ 15,7 bilhões, um crescimento de 30% sobre 2006 - montante mais de 50% superior em relação aos cerca de R$ 10 bilhões do segundo mercado mais ativo da região latino-americana, o México.


Arturo Profili, sócio-diretor da CredCapital, especializada em projetos de crédito estruturado e securitização, em especial os FIDC, estima que o patrimônio líquido do segmento tenha crescido em torno de 15% no primeiro trimestre.

Profili informou que a empresa estruturou duas operações no período, quando em 2007 a média foi de uma a cada três meses.


Na Brazilian Securities, especializada em CRI, o crescimento tem se mostrado também bastante consistente, segundo o diretor da empresa, George Zerras. "Este ano estruturamos R$ 150 milhões em operações e estamos estruturando outros R$ 200 milhões", afirmou, ressaltando que a carteira de encomendas da empresa já prevê negócios em torno de R$ 700 milhões para 2008. No ano passado, foram R$ 500 milhões.


A CredCapital administra cerca de R$ 1,5 bilhão hoje em operações de crédito securitizado e estruturou neste ano dois fundos: um de R$ 250 milhões para o Banco BMG, focado em empréstimos consignados públicos e empréstimos a aposentados; e o segundo de R$ 150 milhões para o Banco BVA, direcionado a empréstimos para pequenas e médias empresas.
Profili atribui o bom momento do mercado, principalmente, a participação dos fundos de pensão, que concluíram suas políticas internas de alocação de recursos em operações de crédito estruturado, e também à própria "maturação" da empresa, há dois anos disputando o segmento.
Destaques


O segmento de aluguel e crédito imobiliário foi um dos destaques da pesquisa trimestral, com alta de 185,76%, para R$ 928,1 milhões. Em 2007, os CRI movimentaram R$ 1,41 bilhão, alta de 53,6%. "Até o final de abril, esperamos que as emissões de CRI alcancem R$ 1,5 bilhão, ou seja quase o mesmo volume de 2007 inteiro", prevê Zerras, estimando para 2008 ao menos o dobro do montante do ano passado. "As empresas do ramo imobiliário de um modo geral estão demandando operações de securitização."


Uma das razões, seria o forte movimento de capitalização das companhias dessa área que, estima-se, arrecadaram quase R$ 13 bilhões nos últimos dois anos, transformados em terrenos e projetos e, mais tarde, em polpudas carteiras de recebíveis, explicou Chuck Spragins, sócio-diretor da Uqbar. "O número de IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) realizado por empresas de construção residencial foi grande. No Brasil, o mercado de securitização com lastro imobiliário ainda não é expressivo e a expectativa é que cresça significativamente neste ano."
O executivo da Brazilian Securities acredita que o movimento poderia ter sido até maior, já que a recente aplicação de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para o investidor estrangeiro limitou a captação externa. "Essas medidas desestimulam. Sentimos uma retração do investidor externo, que deixou de participar."
O levantamento da Uqbar mostra que as operações lastreadas por recebíveis comerciais foram os principais destaques no primeiro trimestre, com 76,1% do total. Neste ano, o impacto foi a Petrobras. "É uma operação considerada nas estatísticas porque é um FIDC, mas basicamente é gestão de caixa, uma maneira mais eficiente de repassar recursos entre as empresas do próprio grupo." Em seguida, estão as operações multiclasse, com 7,3% do total deste ano, o crédito imobiliário, com 4,4%, e crédito pessoal e financiamento de veículos, com 3,5% cada um.


Em 2007, os recebíveis comerciais responderam por 30,6% do total; seguido pelo financiamento de veículos, com 16,2% As projeções de Uqbar para este ano indicam novos recordes, mas os executivos não divulgam as expectativas de crescimento. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Iolanda Nascimento)

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