quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ciro diz agradecer derrota na eleição de 2002 e relembra divergência com Serra


O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse nesta terça-feira agradecer o fato de ter perdido a eleição presidencial de 2002. Ciro participa hoje da sabatina da Folha, no Teatro Folha, em São Paulo.

"Agradeço a Deus não ter sido eleito naquela época. Não estava maduro. Imagina ser eleito e ter como oposição PT e PSDB", disse ele.

Na sabatina, Ciro responde a perguntas do editor de Brasil, Fernando de Barros e Silva, da colunista Mônica Bergamo, dos repórteres Fernando Canzian e Kennedy Alencar e da platéia.

Ciro disse que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o fato de ter perdido a eleição. Segundo o deputado, o presidente disse que compreendia o sentimento dele pois também tinha agradecido por não ter sido eleito em 1989, quando também disputou a Presidência da República e perdeu para Fernando Collor (1990-1992).

Sobre sua divergência histórica com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Ciro afirmou que ela começou quando o tucano era líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados. Na ocasião, Ciro era governador do Ceará e teve de repreender Serra por ter declarado em público que o PSDB era contra uma revisão constitucional, exatamente o contrário do que pregava Fernando Henrique Cardoso --que na época era ministro da Fazenda.

"O Serra, sem conversar com ninguém, dá seguinte entrevista: PSDB é contra revisão constitucional. Aí me liga o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e diz que querem sabotar o seu plano [Real]. Aí vou a Brasília para dizer [a Serra] que ele não pode agir solitariamente. E que ele vai ter que desdizer ou perder a liderança. Nunca mais me perdoou. Mas eu servi o país", disse Ciro.

Ciro afirmou ainda que trabalhou na ocasião para conseguir fazer de Serra líder da bancada tucana. "Ele era o deputado de maior valor da bancada do PSDB e a bancada inteira não votava nele para líder. Aí ele me liga. Saio ligando deputado pra deputado, que me dizem: ele é sem escrúpulo, passa por cima da mãe, é arrogante. Os deputados que diziam, não eu. Fizemos ele líder da bancada pelo valor", afirmou.

O deputado disse que o governador tucano é um "adversário duro" e que não queria comentar sobre o comportamento porque não guardava mágoa.

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