terça-feira, 23 de dezembro de 2008

23/12/08 RÉCORDE Nº 607. MAIS UM RÉCORDE PARA LULA

Contas do governo têm déficit em novembro, o 1º do ano

No ano, governo fez economia recorde de R$ 91,5 bi para pagar juros.
Após assegurar meta, governo tem déficit e começa a queimar gordura.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

 

O governo central, que é formado pela União, pela Previdência Social e pelo Banco Central, registrou déficit em suas contas no mês de novembro deste ano. Segundo o Tesouro Nacional, o resultado negativo, obtido antes do pagamento de juros, ou seja, pelo conceito primário, foi de R$ 4,32 bilhões no mês passado - o maior para meses de novembro desde o início da série histórica, em 1997.

 

É o primeiro déficit mensal das contas do governo desde dezembro do ano passado - mês que tradicionalmente apresenta resultados negativos por conta do pagamento do 13º salário dos funcionários públicos. Em novembro de 2007, por sua vez, o governo registrou um superávit de R$ 4,5 bilhões.

 

O Tesouro Nacional lembrou, entretanto, que já houve, em novembro deste ano, o impacto da primeira parcela da gratificação natalina dos servidores do Legislativo e Judiciário, além dos aposentados e pensionistas. Lembrou ainda que já houve alguma frustração de receita em novembro por conta da crise financeira. 

Acumulado do ano

No acumulado deste ano, porém, as contas públicas continuam no azul. De janeiro a novembro deste ano, o governo fez um superávit primário, isto é, uma economia para pagar juros da dívida pública, de R$ 91,5 bilhões -valor recorde.

 

Isso representa um crescimento de 38,9% sobre o resultado positivo de igual período do ano passado, quando foi registrado um superávit de R$ 65,8 bilhões.

 

Mesmo com o déficit de novembro deste ano, a economia realizada nos onze primeiros meses deste ano, de R$ 91,5 bilhões, ainda continua sendo suficiente para cumprir a meta de superávit primário, equivalente a 2,2% do PIB, ou R$ 63,4 bilhões.

 

O desempenho das contas públicas permitiu, ainda, que a economia adicional de 0,5% do PIB que está sendo buscada para a formação do chamado Fundo Soberano, equivalente a R$ 14,2 blihões, também já esteja assegurada.

 

Com o Fundo Soberano, que ainda está sendo avaliado pelo Congresso Nacional, a economia total deste ano sobe para 4,3% do PIB, ou R$ 77,6 bilhões - valor que o superávit primário até outubro já superou com folga. Após atingir as metas fiscais, ainda "sobraram" R$ 13,9 bilhões.

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