Audiência pública sobre impasse dos terrenos gera bate-boca entre comunitários e vereadores
sexta-feira, 27/08/2010
O clima esquentou durante sessão extraordinária desta sexta-feira (27) na Casa Plínio Amorim. Um grupo de líderes comunitários protestou com veemência contra a realização de uma audiência pública para discutir o impasse dos terrenos na zona norte da cidade, solicitada pela vereadora Cristina Costa (PT),que acontecerá nesta segunda-feira (30).
Aos gritos, o líder dos bairros Mandacaru e São Jorge, Antonio Aurélio (o ‘Gordo’), disse que nenhum representante dos bairros em questão havia sido convidado. “Eles estão convidando a comunidade só agora, porque nós reclamamos”, esbravejou o comunitário.
Com os ânimos à flor da pele, Gordo disparou palavras duras aos vereadores presentes à sessão. “Nós não podemos contar mesmo com vocês”, disse ele, que chegou a ser ameaçado pelo presidente da Casa Plínio Amorim, vereador Osório Siqueira (PSL), de ser retirado do plenário. O líder insinuou ainda que a audiência teria conotações eleitoreiras par beneficiar candidatos apoiados por Cristina.
A autora da audiência, Cristina Costa, contestou afirmação de Gordo. Ela disse ter sido procurada por um grupo de 20 comunitários em seu gabinete, solicitando-lhe o apoio dela no impasse. A vereadora informou também ter entrado em contato com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), que confirmou a presença de um representante na audiência, assim como também convidaria as lideranças das comunidades. Mas segundo a petista, eles não tiveram paciência de esperar o convite, gerando a polêmica.
Sobre a assinatura de desapropriação da área onde estão os terrenos, que será feita daqui a pouco pelo prefeito Júlio Lóssio, Cristina justificou que a audiência não perderá o sentido por conta disso, já que o objetivo era de justamente pressionar o Executivo a tomar alguma providência em prol das famílias ameaçadas de despejo. A vereadora também rechaçou as declarações de Gordo de que estaria pedindo a audiência para tirar proveito eleitoral. “Essa audiência não é para promover deputado A ou B, e nem também presidente de associação A ou B. Isso aqui é um problema social de Petrolina, e portanto tem de envolver presidentes, vereadores, deputados prefeito e governador para resolver essa questão”, concluiu a vereadora.
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