Retrato falado de Bin Laden foi inspirado em político espanhol, diz jornal
Retrato falado de Bin Laden foi inspirado em político espanhol, diz jornal
Técnico teria usado traços de deputado de esquerda, disse porta-voz.
Gaspar Llamazares disse que pedirá explicações a governo americano.
A simulação feita pelo FBI de como Bin Laden estaria hoje e, à direita, o deputado Gaspar Llamazares (Foto: AFP / Reuters)
Um retrato falado atualizado de Osama bin Laden, confeccionado pelo FBI se inspirou por engano nos traços de um conhecido político de esquerda espanhol, Gaspar Llamazares, afirma o jornal "El Mundo".
A imagem em questão pôde ser vista durante várias horas na internet antes de ser retirada do site oficial americano "Rewards for justice", dedicado às pessoas procuradas pela justiça americana.
O retrato mostrava o líder da rede terrorista al-Qaeda com o aspecto que pode ter atualmente, menos magro, sem turbante, grisalho e uma barba de poucos dias, segundo uma reprodução publicada pelo "El Mundo".
Ken Hoffman, porta-voz do FBI entrevistado pelo jornal espanhol, diz que um técnico da agência americana "por iniciativa própria decidiu recorrer às imagens do Google" para utilizá-las como ajuda na confecção do retrato falado de Bin Laden.
"Por alguma razão, um técnico em particular não estava satisfeito com o cabelo que era oferecido pelo programa utilizado pelo FBI neste tipo de simulação", explicou Hoffman.
Em uma busca, o técnico encontrou a fotografia do deputado espanhol, ex-líder da coalizão Esquerda Unida.
O agente utilizou assim o cabelo e a testa de Llamazares, conhecido pela postura antiamericana, para compor o novo retrato.
"O que o artista forense fez é completamente irregular. Está completamente fora do processo estabelecido que se 'roube' um traço de uma imagem pública em sua totalidade", declarou o porta-voz do FBI.
Llamazares anunciou que pedirá explicações às autoridades americanas por meio do governo espanhol. Também disse que não viajaria aos Estados Unidos mesmo convidado.
"A segurança de Bin Laden não está em risco, a minha sim", declarou, antes de afirmar que se reserva o direito de abrir ações judiciais contra o governo dos Estados Unidos.
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