HOJE NA MÍDIA DA ELITE 26/08/09
Depois de enterrar as 11 representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética, exigindo os votos dos três senadores petistas, e de cobrar o apoio do Planalto e do PT aos candidatos peemedebistas nos Estados para, em troca, ficar ao lado da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o PMDB aumentou ontem a pressão sobre o governo. O partido lidera agora a ofensiva para que a equipe econômica libere logo o dinheiro das emendas dos parlamentares previsto no Orçamento deste ano.
Suplicy pede renúncia e mostra cartão vermelho a Sarney
O partido conduziu ontem a obstrução das votações na Câmara e anunciou a disposição de manter a paralisação até que o governo apresente o cronograma de liberação das emendas, com as datas de desembolso do dinheiro para as obras nos municípios que são base eleitoral dos deputados. "Não pode a área econômica ficar se fazendo de surda e muda. Se é assim, aqui nós ficamos surdos e mudos também", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). Leia +
O ministro da Previdência, José Pimentel, confirmou na noite desta terça-feira que o governo conseguiu firmar um acordo com as centrais sindicais e irá enviar ao Congresso Nacional projeto que prevê conceder no próximo ano reajuste real de cerca de 6% para aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo mensal. Se o projeto for aprovado, os pagamentos começarão a ser feitos em janeiro de 2010 e levam em conta uma nova fórmula de cálculo da ampliação dos benefícios: variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acrescido de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes do reajuste.
O impacto nas contas públicas, prevê Pimentel, deverá ser de R$ 1,2 bilhão para cada ponto percentual da ampliação da aposentadoria. Ao todo, serão contemplados 8,7 milhões de aposentados que recebem acima do mínimo.
Na rodada de negociações entre centrais sindicais e o governo federal, o Executivo aceitou reduzir a aplicação do chamado fator previdenciário (princípio segundo o qual a União teria de levar em conta o tempo de contribuição, a idade do trabalhador no momento do pedido de aposentadoria e a expectativa de vida para calcular os valores dos benefícios) e permitir que cumpram o fator apenas os trabalhadores que decidirem antecipar suas aposentadorias. Todas as alterações ratificadas nesta terça entre governo e sindicalistas precisarão de aval do Congresso. Leia +
- Não posso participar de uma coisa que não sei do que trata - disse o peemedebista Cabral, um dos mais próximos aliados de Lula.
A decisão foi tomada um dia após o governador do Rio ter deixado claro, no seminário promovido pelo GLOBO - veja a cobertura completa -, que iria lutar "com todos os instrumentos democráticos" contra eventuais mudanças na arrecadação de royalties e participações especiais do petróleo na nova regulamentação do pré-sal.
Rio e Espírito Santo produzem 87% do petróleo do país.
O ministro Edison Lobão foi enviado ao Rio, na terça-feira à noite, e a Vitória, ontem à noite, em missão de paz, informa Ilimar Franco, no Panorama Político. Na presença do ministro, os governadores conversaram por telefone com o presidente Lula. Leia +
A Mesa Diretora do Senado está alheia à crise política pela qual atravessa a Casa. Um ato publicado no Diário Oficial autoriza os 81 parlamentares a utilizar verba indenizatória para instalar escritórios políticos em suas bases eleitorais. Na prática, os senadores poderão montar comitês de campanha e escolher até 79 funcionários comissionados para atuar como cabos eleitorais. A Direção-Geral, por sua vez, encontrou uma solução para a farra das gratificações. Antes concedidas de forma indiscriminada, agora elas serão incorporadas ao valor do salário. No plenário, Eduardo Suplicy (PT-SP) deu cartão vermelho para Sarney e bateu boca com Heráclito Fortes (DEM-PI). Leia +
0 comentários:
Postar um comentário