Coca-Cola produz PET em Petrolina
Petrolina - A Coca-Cola, na versão PET, passou a ter um sabor diferente para os moradores do Vale do São Francisco. Desde ontem, a unidade da Coca-Cola Guararapes de Petrolina - a 769 quilômetros do Recife - passou a produzir esta versão para o mercado local.
Delfim (primeiro da dir. para a esq.) disse que distribuição será ampliada. Foto: Cecilia Dalla Nora/Divulgacao |
Uma expansão que vem sendo programada há dois anos, segundo o presidente da Coca-Cola Guararapes, Luís Delfim. Nem mesmo o clima de incerteza barrou o investimento. "Fazemos um planejamento para os próximos 10 anos. Apostamos no potencial de crescimento da região. Não havia motivo para não investir", explica Delfim. A unidade de Petrolina trabalhava apenas com a produção de refrigerantes em vidro. Com esta nova linha de produção, 20 novas vagas diretas foram criadas. Mas há a projeção de muito mais, segundo Delfim, porque a empresa programa ampliar a distribuição de produtos. O número de novos empregos ainda está sendo contabilizado.
Hoje, a produção da unidade de Petrolina abrange um raio de 300 quilômetros de cidades em Pernambuco e Bahia. A capacidade de produção vai pular de 18 milhões de litros por ano para 90 milhões de litros por ano. Cinco vezes mais. O diretor industrial, Reinaldo Vilar, explica este pulo nos números. "Antes trabalhávamos com recipientes pequenos. Agora vamos trabalhar com recipiente tamanho família, de um e dois litros", esclareceu Vilar. A unidade fará embalagens de um e dois litros de Coca-Cola, Kuat, Fanta e Sprite.
Incremento - Com a ampliação, a produção de PET deixa de vir da unidade da Coca-Cola localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape. Isso, de acordo com Vilar, irá reduzir o impacto no meio ambiente causado pelo transporte da carga. A opção pela embalagem PET é justificada pela preferência dos consumidores. Do total das vendas da empresa, 65% recaem sobre as embalagens em PET. A ampliação em Petrolina deve garantir ao grupo - com 4 unidades no Nordeste: Petrolina, Suape, Jaboatão dos Guararapes e João Pessoa (PB) - um incremento de 19% na receita da empresa, em relação ao ano passado. "Teremos, em 2009, o dobro da capacidade de venda. Um crescimento médio de 15% ao ano. Nem a China está crescendo assim", contabiliza Delfim.
"A expansão da fábrica segue a política de interiorização da economia pernambucana", destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho. Para ele, a decisão de investimento da empresa mostra que a crise afetará menos o Brasil e Pernambuco, dentro deste contexto, tem uma situação considerada privilegiada, segundo enumerou o secretário, que tem uma relação mais estreita com a unidade da Coca em Petrolina. Sua família foi a antiga proprietária da fábrica, na época chamada de Sucovale.
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