Mão Santa (PMDB-PI) o falastrão

Mão Santa na contramão

25 março, 2009 - 21:15 — cidadepolitica

Na última terça feira (24), quando o PMDB completou 43 anos de existência, lembrei-me um pouco da história do partido e do quanto ele foi fundamental para o restabelecimento da democracia no país. Nomes como Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Pedro Simon e tantos outros, vieram-me  à lembrança, como peemedebistas autênticos que a história registra como exemplos que deveriam ter sido seguidos e não foram.

     E doe-me na alma constatar hoje o quanto sofre o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos(PMDB), um dos ícones do partido na atualidade, denunciando a corja  de peemedebistas que só querem o poder para barganhar cargos e praticar corrupção. Quem leu as últimas edições da revista Veja sabe do que estou falando.

      Mas a dor maior é ver o senador Mão Santa, nos seus arroubos no Senado, naqueles discursos enfadonhos e repetitivos, querer se comparar a estas figuras éticas, esses baluartes, que fizeram parte, primeiro do velho MDB, depois PMDB, que foram presos, lutaram contra a censura, combateram os militares jogando-se contra baionetas, enfim,fizeram história.

       Mão Santa, para quem não sabe, é um dos filhotes da ditadura.Surgiu na política do Piauí para servir os bacuraus, a oligarquia dos Almendra e Freitas.

      No início dos anos 70 foi deputado estadual, vice líder do governo de então. E quem era o governador? O velho Lucídio Portela de guerra. Da Arena, depois PDS e por último PP. Partidos filhotes da ditadura. Um dos que talvez permaneça fiéis ás suas origens é o ex-ministro  e deputado federal Delfim Neto. Foram correligionários.

         Depois, nos governos de Hugo Napoleão e Freitas Neto, Guilherme Melo  & Cia., era que representava tais governos na região. Donos dos empregos do governo, distribuindo contracheques a amigos, parentes e aderentes.

          Do MDB autêntico era Elias Ximenes, os Caldas Rodrigues, Celso Barros Coelho, Severo Eulálio, pai do deputado estadual Kleber Eulálio e outros, menos o Mão Santa. Ele só foi para o PMDB em 94 para ser candidato a governador, porque não oligarquia dos Portella ninguém o queria. Era tido como louco. E o PMDB não tinha ninguém para concorrer com o candidato de então da oligarquia, Átila Lira. E ele entrou e o restou todo   mundo sabe: foi apeado do poder acusado de corrupção. E agora ele diz na TV Senado que é um dos políticos de vida mais limpa deste país. Me engana que eu gosto!!!

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