HOJE 14/10 NAS MERCENÁRIAS

EMERGINDO DA FOSSA

Pacotes geram euforia global; BC injeta R4 106 bi no Brasil

As Bolsas de Valores emergiram da profunda fossa em que mergulharam na sexta-feira para uma exuberante euforia, com altas tão espetaculares como haviam sido as quedas na semana passada. A Bolsa de São Paulo foi a que teve a subida mais forte entre as grandes, com 14,66%. O mapa das Bolsas tingiu-se de verde da Ásia às Américas, passando por uma Europa em transe, a ponto de tanto a Bolsa de Madri como a de Paris terem registrado a maior alta da história em um só dia (10,65% na Espanha e 11,18% na França).

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BOLSAS DISPARAM

Mercados têm dia de euforia com socorro global a bancos

A ação coordenada dos países desenvolvidos para garantir a estabilidade do sistema financeiro restaurou, ao menos em parte, a confiança dos investidores e provocou uma disparada das bolsas de valores do mundo ontem. Animados com o plano da Europa de destinar mais de US$ 2 trilhões para socorrer os bancos, alguns analistas já se arriscam a dizer que o pior do pânico ficou para trás. O Índice Dow Jones teve a maior alta em pontos (936) da história. O avanço de 11,08% foi o mais expressivo, em termos porcentuais, desde 1933. A bolsa eletrônica Nasdaq subiu 11,8%. Os mercados europeus também viveram um dia de euforia. O Índice Xetra Dax, da Bolsa de Frankfurt, avançou 11,4%, o FTSE, de Londres, 8,26%, e o CAC-40, de Paris, 11,18%.

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DENGUE

Epidemia ameaça Rio e 11 Estados

Para evitar um novo surto de dengue como o que abalou o país no início do ano e causou a morte de 212 pessoas até agosto passado, o Ministério da Saúde lançou, ontem, em Brasília, um plano nacional de combate à dengue que prevê o investimento de R$ 1,08 bilhão e ação conjunta da União, Estados e municípios. O Rio de Janeiro está entre os 12 Estados prioritários na aplicação do plano porque tem maior potencial de circulação do tipo 2 da dengue. Os outros são Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rondônia, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Alagoas, Bahia, São Paulo e Goiás. Em 2007, foram registrados, em todo o Brasil, 514.589 casos da doença. Até agosto de 2008 foram 734.384, representando um aumento de 42,7%. Se não fossem contabilizados os casos da doença registrados no Rio de Janeiro, Estado que mais sofreu com a epidemia, o aumento teria sido de apenas 7%.

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ABALO GLOBAL

Europa libera mais de 1 trilhão de euros

Começam a ser divulgados os detalhes do plano de resgate firmado no domingo pelos líderes da zona do euro, o G-15 . Juntos França, Alemanha, Espanha e Áustria anunciaram nesta segunda-feira a liberação de mais de 1 trilhão de euros (cerca de US$ 1,5 trilhão) para conter a crise financeira. Somados aos do Reino Unido e nações de Oceania e Oriente Médio, foram liberados o equivalente a US$ 2,4 trilhões para socorrer o sistema financeiro global. Os países se comprometeram a garantir os empréstimos interbancários e comprar ações para capitalizar os bancos e impedir que eles quebrem. Além disso, o Tesouro da Grã-Bretanha anunciou nesta segunda-feira que três grandes bancos britânicos, o Royal Bank of Scotland (RBS), HBOS e Lloyds TSB, receberão 37 bilhões de libras (US$ 64 bilhões) do governo para aumentar seu capital.

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NO ESCURINHO DA URNA

PDT pode ficar de tanga lilás, no Rio

Foi apertada a decisão do PDT de apoiar a candidatura de Eduardo Paes (PMDB) à prefeitura do Rio, candidato de Lula e do governador Sérgio Cabral. Militantes acusam o ministro Carlos Lupi (Trabalho) de “atropelar o partido”. Licenciado, estaria negociando uma secretaria para o neto de Brizola, abrindo vaga para o suplente Samir Jorge. No “escurinho da urna”, a tendência é que os pedetistas votem em Fernando Gabeira (PV).

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NÃO É SOLUÇÃO DEFINITIVA

Crise castiga a mesa... Mas Europa castiga a crise

O pacote europeu contra a crise soma 1,68 trilhões de euros (US$ 2, 28 trilhões), segundo cálculo feito pelo site do jornal britânico Financial Times. As medidas, divulgadas separadamente por cada país ontem, foram delineadas a partir da reunião da União Européia que ocorreu no domingo, em Paris. A Alemanha comprometeu-se com uma fração maior do plano de ajuda e destinará 480 bilhões de euros (US$ 640 bilhões) a instituições financeiras. A Irlanda, que está entre os países mais vulneráveis à crise, devido à recente valorização excessiva do mercado de imóveis do país, prometeu desembolsar até 400 bilhões (US$ 540 bilhões). A França vai destinar 360 bilhões (US$ 485 bilhões) às instituições. Embora a Grã Bretanha não faça parte do bloco, o premiê Gordon Brown anunciou um plano de 300 bilhões de libras (US$ 520 bilhões). Todas as bolsas, exceto a da Rússia, reagiram bem.

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