Gaza tem o dia mais sangrento desde 2005
Pelo menos 45 palestinos morreram em ataque israelense à Faixa de Gaza.Dois militares israelenses foram mortos na ação
Os ataques de Israel na Faixa de Gaza provocaram o dia mais sangrento desde 2005, quando Israel deixou o território.
Após a informação de que haviam morrido pelo menos 32 palestinos, o número aumentou em ambos os lados. Segundo a agência de notícias Associated Press noticia 45, mesmo número do jornal americano ‘New York Times. A quantidade de feridos ultrapassa 100 Do lado israelense, dois soldados foram mortos e outros sete foram feridos em Gaza durante o ataque.
Autoridades palestinas disseram para a agência de notícias Reuters que o número de mortes em Gaza neste sábado (1) foi o maior registrado em um só dia desde 2002. Desde quarta-feira, o número de mortes na região já ultrapassa 70.
Israel afirma que os ataques foram para tentar interromper os lançamentos de mísseis de militantes palestinos contra as cidades de Sderot e Ashkelon, que ficam próximas à Faixa de Gaza.
Entre os mortos deste sábado, pelo menos 16 são civis, entre mulheres e crianças, e um bebê de 13 meses.
Antes do anúncio do aumento das mortes, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, considerou que a ofensiva israelense em Gaza é "mais do que um holocausto" - uma expressão usada por Israel em suas ameaças contra este território palestino (leia mais aqui).
O líder no exílio do movimento islamita palestino Hamas, Khaled Mechaal, acusou Israel de "usar o Holocausto" como pretexto para lançar os seus ataques contra a Faixa de Gaza.
Entenda mais sobre o conflito entre israelenses e palestinos
Paz 'enterrada'
Um dos principais negociadores palestinos no processo de paz que havia recomeçado em novembro disse que as conversas estão "enterradas junto com os escombros das casas destruídas em Gaza."
As negociações haviam sido retomas em Annapolis, nos Estados Unidos, depois de vários anos paradas. No encontro em território americano, o premiê israelense Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmud Abas, se comprometeram a fazer o necessário para o acordo de paz até o final de 2008.
'Holocausto'
Jaled Meshal, chefe do movimento palestino Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, acusou Israel de promover um "holocausto" contra o povo palestino.
Exilado em Damasco, Meshal fez a acusação em uma entrevista coletiva na capital síria.
"Acuso Israel de levar a cabo um verdadeiro holocausto contra os palestinos há décadas", afirmou o líder do Hamas, que completou dizendo que Israel está por trás de "holocaustos" também no Iraque e no Líbano.
Sábado sangrento
Fontes da polícia do Hamas disseram que aviões israelenses lançaram três ataques no norte da faixa no começo da manhã deste sábado, que foram seguidos por uma pequena incursão terrestre na zona divisória ao campo, agregaram as fontes.








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