sexta-feira, 28 de março de 2008

Dobra número de computadores entre os que recebem dinheiro do governo


3,1% dos domicílios beneficiados tinham computador em 2006. Eram 1,4% em 2004.Relatório da Pnad também aponta crescimento do acesso a outros bens duráveis.

Entre os que recebem dinheiro de programas sociais do governo federal, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE, mostram que o percentual de domicílios que têm computador mais do que dobrou em 2006 em relação ao levantamento de 2004.

Segundo a Pnad, 3,1% dos domicílios que recebem dinheiro de programas sociais do governo contavam com microcomputador em 2006, contra 1,4% em 2004, aumento superior a 100%. A taxa mais que dobrou em todas as regiões.

No Norte, o percentual de domicílios que recebem recursos do governo e têm computador passou de 0,7% para 1,8%; no Nordeste, de 0,7% para 1,5%, no Centro-Oeste, de 2,4% para 4,5%; no Sudeste, de 2,5% para 5,6%; e no Sul, de 1,8% para 5,2%.

O relatório da Pnad aponta ainda crescimento nos percentuais de domicílios com outros bens duráveis. A taxa de residências com geladeira, por exemplo, passou de 72,1% em 2004 para 76,6% em 2006. No caso da televisão, de 82,5% para 87,9%.



Para o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, "não houve um desvio da função do programa". Segundo ele, uma família para viver precisa de bens duráveis. "O fato de uma família ter um rádio, uma televisão, não significa que seja um desvio do objetivo do programa."



"A aquisição dos bens se universalizou antes mesmo dos programas sociais. O fato de haver a presença de bens duráveis nos domicílios não significa que houve a compra dos bens com dinheiro de programas sociais", destacou Nunes.



No dia 14 de março, em discurso durante lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Araraquara (SP), o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que famílias que recebem ajuda do governo possam comprar bens.



“Esses dias a imprensa foi atrás de uma mulher do Bolsa Família porque ela comprou uma geladeira. E aí já acharam que ela era burguesa, que não precisava mais do Bolsa Família. Eu quero que ela compre geladeira, televisão, que ela compre roupas, sapatos”, afirmou na ocasião.

A pesquisa mostra também um aumento de 45,8% no percentual de domicílios que recebem dinheiro do governo e tem telefone. Entre 2004 e 2006, a taxa passou de 34,9% para 50,9%. O índice mais alto é registrado no Centro-Oeste, com 71,9%.



Do total estimado de 54,7 milhões de domicílios particulares, em cerca de 10 milhões houve recebimento de dinheiro de programa social do governo em 2006, o que correspondia a 18,3% dos domicílios do país. Esse percentual, em 2004, era de 15,6%.



Escolaridade
Em 2006, de acordo com a Pnad, o maior percentual de pessoas beneficiadas por programas sociais do governo se encontra entre aqueles que têm ensino fundamental incompleto – 39,1% (com 4 a 7 anos de estudos) e 21,9% (1 a 3 anos de estudos).

De 2004 para 2006, houve uma queda nas taxas de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais de idade residentes em domicílios com rendimento de programas – caiu de 18,2% para 17,1%. A maior redução foi no Nordeste, onde passou de 24,1% para 22,9%.


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