quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Falsa edição do "The New York Times" anuncia o fim da guerra no Iraque

Manifestantes do grupo "Yes Man" distribuíram cerca de 1,5 milhão de exemplares do jornal nas estações de metrô de Nova York e Los Angeles


Cópia falsa do The New York Times circula nos Estados Unidos
Cópia falsa do The New York Times circula nos Estados Unidos

Quem passou pelas entradas do metrô de Manhattan, em Nova York, nesta quarta-feira (12), deve ter notado a distribuição de exemplares do “The New York Times”. No entanto, deve ter estranhado, ainda mais que a gratuidade do jornal, a sua manchete: "Acabou a Guerra do Iraque". Ao folhear, ficava notório que matérias como "Tesouro anuncia um plano de impostos sensato", "Ato Patriótico é revogado" e "George W. Bush é julgado por crimes de guerra" só podiam ser fruto de uma brincadeira.

Os autores do jornal falso são integrantes do grupo ativistas de "trotes progressistas" Yes Man. A travessura colocou nas ruas de Nova York e Los Angeles cerca de 1,5 milhão de cópias falsas do diário em circulação – quase o mesmo número de exemplares do verdadeiro "The New York Times".

Os ativistas do grupo alimentam dois sites: theyesmen.org (portal oficial) e becausewewantit.org (porque nós queremos, em português). O último mostra apenas um texto curto, reproduzido por um blog que ajudou a divulgar o movimento, em que diz: "Um site seria infinitamente mais fácil. Mas criar um jornal impresso e distribuí-lo nas estações de metrô? Isso exige bastante esforço".

A publicação data de 4 de julho (data em que se comemora a Independência dos EUA) de 2009 e trocou o slogan "All The News That's Fit To Print" (todas as notícias que cabem numa publicação, em tradução livre) para "All The News We Hope to Print" (todas as notícias que esperamos publicar). De acordo com a agência de notícias EFE, um porta-voz do "NY Times" disse que a origem está sendo investigada.

A editoria internacional da publicação também anuncia o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e de outras instalações secretas da CIA, assim como um pedido de desculpas da "ex-secretária de Estado" Condoleezza Rice por defender que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa sabendo que era mentira.

A seção sobre notícias dos Estados Unidos repassa os "avanços" conseguidos nos oito meses de Barack Obama como novo presidente. Já a de economia mostra a criação de uma lei segundo a qual o preço dos produtos deverá refletir seu verdadeiro custo, além do fechamento da faculdade de administração da Universidade de Harvard
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