HOJE 15/09 NAS MERCENÁRIAS...

APLICAÇÃO DE RECURSOS

Verba do petróleo não melhora nível da escola pública

Se o país realmente quiser utilizar recursos da exploração de petróleo na camada pré-sal para investir em educação, como tem defendido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria prudente, antes, analisar com lupa os resultados das cidades que mais recebem royalties de petróleo em todo o Brasil. Um estudo da Universidade Candido Mendes mostra que no Rio de Janeiro - Estado que mais recebe royalties no país - os indicadores de qualidade e de infra-estrutura nas escolas dos nove municípios mais agraciados com recursos do petróleo em nada se destacam em relação a escolas do Sudeste.

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OPERAÇÃO DE GUERRA

EUA socorrem bancos para conter crise global

O fracasso nas negociações para a venda do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos americano, após o principal candidato à compra, o Barclays, ter desistido do negócio, colocou a instituição à beira da liquidação. Mas o medo da crise que a quebra do banco provocaria nos mercados financeiros globais precipitou ontem uma série de medidas, que envolvem a ampliação da ajuda do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aos bancos e uma linha de crédito de US$ 70 bilhões para instituições em dificuldades, criada por um grupo de dez bancos internacionais.

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JOGO DE ALIANÇAS

Lula e Cabral, amigos de infância

O clima de lua de mel entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, se manteve ao longo do fim de semana. Depois da série de inaugurações em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Petrópolis, na Região Serrana – claramente eventos de campanha em apoio a candidatos da base aliada – Lula consolidou a demonstração de prestígio ao governador, passando o final de sábado e o domingo na casa de veraneio dele, em Mangaratiba, na Costa Verde. Nos eventos públicos, Lula demonstrou discurso totalmente afiado com Cabral – chegando a anunciar a construção de Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, as UPAs, uma das bandeiras do governador. Longe dos compromissos oficiais, a sintonia ficou ainda mais evidente. Apesar do mal tempo em Mangaratiba, a casa, uma luxuosa instalação em uma área de 5 mil metros quadrados no imponente Condomínio Portobello, que desde 1998 serve de refúgio habitual para Cabral e sua família nos fins de semana, foi cenário para um churrasco.

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AÇÕES DE SEGURANÇA

TRE confirma tropas militares no Rio no segundo turno

O presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o desembargador Alberto Motta de Moraes, confirmou, neste domingo, a presença das tropas federais no segundo turno das eleições no Rio de Janeiro. Ele vai encaminhar o pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a manutenção da Operação Guanabara - para garantir a segurança durante o processo eleitoral em 27 comunidades. Na segunda-feira passada, Moraes já havia anunciado que a Justiça Eleitoral e as Forças Armadas estudavam a medida. Neste domingo, ele classificou como "apavorante" a ação de traficantes e milicianos nas comunidades ocupadas.

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ADMINISTRAÇÃO SUÍÇA

Galeão já tem donos prováveis

Oficialmente, o edital nem existe, mas uma administradora privada de aeroportos da Suíça e sua parceira, a empreiteira Odebrecht, são fortes candidatos a abiscoitar o aeroporto internacional do Galeão, no Rio. O modelo prevê dois passos: primeiro, o Galeão será estadualizado, como quer o governador Sérgio Cabral, e só depois vai ser promovida a licitação para privatizar a sua gestão pelo prazo mínimo de trinta anos.

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ELEIÇÕES 2008

Palanque na tribuna da Câmara

O esvaziamento do Congresso e a falta de votações em plenário têm dado uma força na divulgação das campanhas de alguns deputados federais que concorrem a um cargo de prefeito. Como nem sempre o tempo no horário eleitoral é suficiente para influenciar nas pesquisas, e em parte dos municípios a propaganda gratuita sequer é veiculada, os parlamentares transformaram a tribuna da Câmara em um verdadeiro palanque eleitoral. Sem público presente, mas com transmissão ao vivo dos veículos de comunicação da Casa — mantidos com dinheiro público, vale lembrar —, eles atacam adversários, falam da vida pessoal e até divulgam programas de campanhas. Isso sem contar com o apoio dos poucos colegas presentes no plenário que interrompem o “comercial” para elogiar e desejar boa sorte ao candidato.

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