segunda-feira, 7 de abril de 2008

Franklin: Tucano e Folha precisam explicar quem vazou dados


O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) cobrou explicações do senador tucano Álvaro Dias (PR) a respeito do dossiê sobre gastos do governo FHC. ''O senador Álvaro Dias presta um bem se disser de quem recebeu e a quem entregou'', disse ele, referindo-se ao material como fragmentos de banco de dados. ''A chave está com o senador Álvaro Dias'', ironizou Franklin em evento em Porto Alegre.




O ministro pediu respostas. ''Ele [Dias] pode explicar. Talvez a Folha possa explicar quem deu [o material] à Folha também. Aliás, o ombudsman [do jornal] fez essa pergunta. Acho que era uma expressão mais ou menos assim: ''A Folha sabe mais do que contou para seus leitores''. Quem entregou para a Folha? A Folha não respondeu a uma pergunta do ombudsman. Não é minha. É do ombudsman da Folha.''


O ministro Tarso Genro (Justiça), também em Porto Alegre, disse ontem que a afirmação feita por Dias de que tinha conhecimento do dossiê sobre os gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso antes de sua publicação ''inverteu a mão do problema''. Tarso cobrou de Dias explicações sobre quem teria vazado as informações. ''Quem reconhece que tinha o documento agora tem que explicar de onde veio'', argumentou.


Nassif: jogo de esconde-esconde


O jornalista Luis Nassif escreveu em seu blog nesta sexta-feira (4) que há ''um jogo de esconde-esconde por trás desse carnaval todo''.


Segundo ele, do lado do governo, há o receio da eventual exploração política, se se levantarem os gastos da Presidência. ''Se há um terremoto por conta da tapioca, o que não haveria se se descobrissem gastos supérfluos da valor maior? É aqui que reside o ponto central da história. O jogo político é aqui, o resto é mero foguetório'', diz Nassif.


O jornalista, que foi um dos primeiros a levantar a hipótese do PSDB estar por trás do suposto dossiê, diz ainda que do lado da oposição, o esforço é para esconder que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sabia de toda a operação. ''A revelação de Álvaro Dias ao Estadão mostra que FHC estava dentro, desde o início. Esse é o ponto central desse jogo de esconde-esconde'', revela Nassif.


Olhem em que a banalização do escândalo transformou a discussão política brasileira. O editorial do Estadão de hoje mostra bem esse clima de 'pelada'. ''Um gol contra do senador tucano Álvaro Dias permitiu ao governo empatar o jogo de aparências, ou melhor, a pelada, que disputa com a oposição a propósito do chamado dossiê das despesas do então presidente Fernando Henrique e de sua mulher, Ruth Cardoso.''

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